quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Sobre uma inspiração, uma pergunta e um Elefante

  Sempre quis realmente escrever, mas não tinha um bom motivo. Não tinha uma inspiração que me convencesse a fazer dela o primeiro texto. Algo tão imaginado naquelas divagações de fim de tarde, ou nos passeios de moto, ou só de ficar ali olhando rio passar tão calminho.
   Acho que o motivo hoje chegou, a inspiração me convenceu... Já estava ali me olhando toda vez que eu passava. Ahhh, essa inspiração.

  Como de costume passei por lá só para dar uma espiada, e eu quem fui espiada. Decidi: “É hoje!”. Hoje que eu chego e pergunto, tiro essa duvida de minha mente.  Preparei-me psicologicamente para a missão, me equipei com as melhores armas disponíveis e  puxei  uma amiga, para observar a o diálogo e ajudar na análise posteriormente.
  O primeiro passo seria conseqüentemente seguido pelo segundo, este pelo terceiro e assim por diante. Lógico que não Infinitamente e, lógico também, que os passos/etapas, não foram previamente estabelecidos. O que me guiou foi a vontade, foi aquele sentimento de euforia que fica preso dentro do corpo, naquela região entre os pulmões e a boca. Um entremeio de respiração e suspiro, um soluço ou um espiro segurado.
Depois de alguns passos, chegamos ao local da abordagem. Neste momento  quase dei meia volta e fiz o caminho inverso. Mas continuei ali, agindo com naturalidade, observando, reconhecendo o ambiente, que de tão familiar não era mais necessário ficar de olhos abertos para caminhar entre os corredores...

Amiga: Agora.
 Eu: Não!
 Amiga: E Agora?
 Eu: Nãããããoo!!!
Amiga: A vá! Dexa de ser boba e vai lá eu fico olhando- Leia-se analisando.

Enfim, me dirigi ao sujeito/alvo. Prontamente me atendeu, (aquele olhar [suspiros]). Nos dois segundos em que ele me olhava eu pensava em qual o momento ideal para realizar a pesquisa, que consistia basicamente de uma questão.
Pensei em iniciar com um diálogo informal, casual digamos.

[on DIVAGAÇÕES]
Você vem sempre aqui?  R:Claro né. – descartada
Será que chove? R: Só se vira o vento... – descartada
Você acredita em amor a primeira vista? R:Não. ReR:Eu sabia! Por isso eu passo aqui todo dia! – descartada.
[off DIVAGAÇÕES]

  Simplesmente disse OI,
 O sujeito demonstrou-se ativo ao primeiro momento. Decidi realizar imediatamente a grande ação investigativa. Quando do nada surge de repente um Elefante Rosa dançando e cantado na porta do banheiro! (oO)- ahh não!! Será que foi minha imaginação?

 Concentro-me novamente no alvo, porém ele direciona seu olhar para a a porta do banheiro, como não vê nada, somente olha para mim com tamanha intensidade e curiosidade que meu ser inebriado perde-se em devaneios profundos.
  A velocidade da respiração aumenta, diminui, aumenta, diminui... até ser impossível definir se respiro, se falo ou se saio correndo, gritando e abanando os braços.  Por via das dúvidas continuo parada. Consigo respirar quase normalmente. Mas o questionário não será aplicado agora, hoje. 
Terminamos nossa busca com dois meios resultados: O que eu procurava não estava lá; O que eu queria saber eu não perguntei. Afff...

 Pedi para minha amiga/observadora o que ela achou. Como é muito detalhista ela reparou em cada gesto, suspiro, olhar e tremelique. E como eu não dei bola pro Elefante Rosa ele ficou muito triste. Ela recomenda que eu ligue pro Elefante depois e explique tudo.
Se ele ler este post ele me entenderá.

#Dedico à todos os Elefantes Rosa que existem por aí, porém só algumas pessoas podem vê-los.

Um comentário:

  1. Esses Elefantes Rosa sempre aparecem em horários e locais impróprios, nessas situações que você não pode simplesmente parar tudo e dialogar com ele, pois como você mesma disse, nem todos podem vê-lo, e assim passaríamos a ser tituladas de LOUCAS. Faço agora minha ressalva, talvez devessemos mesmo parar tudo e dialogar com nosso Elefante Rosa por dois motivos: 1. eles sempre nos apontam a coisa certa a fazer e; 2. ser louco nesses dias é normal, (dia desses eu explico o porque).

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