terça-feira, 16 de abril de 2013

Nova Postagem

Saudações terráqueos!

Pois é, mais uma vez estou de volta. Após meses e meses de total descaso e abandono eis que eu resolvo voltar a cuidar e escrever nesse espaço. Pra começar uma capa nova, escolhi algumas imagens que me trazem boas recordações, de lugares, de pessoas, de momentos... Também há uma nova descrição, para quem já conhece nada que escrevo é novidade, mas sempre pode haver um visitante desavisado [para esse meus sinceros cumprimentos!]. Escrevo como se já possuísse um público ansioso esperando por esse momento, mas não tenho apenas bons amigos que me prestigiam.
Não vou explicar os motivos do abandono. Em vez disso conto os motivos da volta. Escrevo por que gosto e sinto-me satisfeita em poder tratar de assuntos de uma maneira mais leve, fora do mundo acadêmico. Reservo-me o direito de divagar, imaginar, filosofar e elaborar teorias sobre qualquer coisa que possa me interessar. Não estranhe se algum dia eu vier a abordar a complexa ciência por trás do cultivo de chuchu. Mas hoje não, então prosseguiremos.
Gosto de dizer que as escolhas que fazemos é que transformam e definem nosso caminho, que o destino pode não ser algo prontinho esperando por nós lá na frente, por isso quando conheço alguém sempre digo: "Vem comigo!". Na mesma medida que é um convite, também ofereço um pouco do meu mundo, abro uma brecha, uma porta ou janela, para que a pessoa entre e fique a vontade. Como se faz com uma visita ou com um companheiro de viagem, com quem se partilha muito mais que o mesmo local no tempo e espaço. Da mesma maneira, ao me despedir digo somente "Até breve!" na esperança de que os caminhos voltem a se cruzar um dia, acho o 'Adeus' tão definitivo, não combina comigo, não sou definitiva, sou mudança, sou inconstante... Já fui egoísta, muito egoísta, ao extremo, porém algumas boas amigas tiveram um papel fundamental nessa mudança de minha personalidade. Com umas boas conversas, alguns puxões de orelha e o uso de todas as teorias de psicologia aprendidas na faculdade  minhas amigas -essas sim eu considero- e fiés companheiras ajudaram-me. Hoje digo que estou em reabilitação, em alguns momentos é difícil exercer toda a minha benevolência e desapego. Estão eu penso em minha amada Mãe dizendo "Não foi assim que eu te ensinei..." e torno-me um pouco mais humilde.
Ahhhh as amizades!!!! São como essas que pessoinhas estão tetando abrir uma porta com uma pilha de livros nas mãos e deixam os livros cair; quando me aproximo para ajudar vejo um dos volumes que recém devolvi na biblioteca. Deixe-me explicar: mesmo sendo desastradas algo me atrai, não, não é isso  é talvez, digamos assim... as pessoas que entram, ou atravessam, ou caem de paraquedas em nossas vidas e que mesmo sem ter um contato prévio é com se tivesses crescido juntas, que apesar de estarem sempre conectadas ao encontrarem-se pessoalmente após um tempo tem muitas e muitas e muitas histórias... que mesmo a distância, a rotina, o trabalho, o casamento aparecendo bem no meio ainda vão sentar em um sofá no domingo à tarde e dizer uma para outra "Lembra daquele dia lá....?". Hoje, mais do que nunca, posso dizer que tenho bons amigos, obrigada à todos e a cada um em particular.
Metas para 2013?? Sim tenho muitas, mas a principal, e já adiada por um bom motivo, é a conclusão da graduação de Licenciatura em Pedagogia. Serei professora, graduada exercendo com  muito orgulho a profissão. E por que não honra? Sim honra também, de poder instigar os primeiros questionamentos de seres que inciam sua vida acadêmica lá na Pré Escola e que te encontrarão na rua depois de um tempo e te chamarão, mais uma vez de Profe.
Alguns livros para ler, planos de viagens, festas para ir, filmes para ver... todos sempre temos.

Bom, por hoje, encerro os trabalhos.
Um abraço à todos.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Ela /Ele

Ela caminha pela rua, fones e óculos escuros como de costume.
Ele vem no seentido contrário, a tradicional mochila e óculos escuros.
Ela repara nos óculos escuros dele, e gosta do que vê.
Ele tira os óculos escuros, e gosta do que vê.
Ela sorri.
Ele a observa de cima a baixo.
Estão mais próximos.
Ela tira os fones dos ouvidos.
Ele pergunta como ela está.
Ela tira os óculos e responde que está bem.
Ele diz que isso é bom.
Ela segue, põe os óculos e busca por seus fones.
Ele caminha, óculos na mão.
Ela vira  para trás buscando o fone que escapou.
Ele está olhando para ela, - sorriso no rosto, brilho no olhar.
Ela percebe e sorri de volta.
Os olhos dele brilham mais, seu sorriso aumenta.
Ela continua seu caminho pensando no que aconteceu.
Ele também.
Meia dúzia de palavras, olhares e sorrisos.
Nenhum dos dois falará sobre o que sente,
Nenhum dos dois contará o que passou.
Mas, ambos sabem que algo los atrai.
Ela suspira ao lembrar,
Ele também...